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No passado dia 2 de Fevereiro e pelo segundo ano consecutivo, a Gala sem Preconceito realizou-se no Salão Preto e Prata do Casino do Estoril.
Esta gala contou com a receção ao publico no foyer panorâmico, com entretenimento para adultos e crianças, a venda do Calendário Solidário de 2019 e o welcome drink antecipando o espetáculo. Esta gala foi composta com artistas ligados à música, dança, acrobacia, humor entre outras áreas, e tem como finalidade apoiar uma causa, o combate ao cancro.
Embora se possa pensar que está vocacionada só para ajudar as mulheres que combatem o cancro da mama, ela vai mais longe que isso, pois há mais guerreiros a lutar contra esta doença.
Este ano o projeto apoiado é o “Projeto Amélia – Please Take Me There – fly through cancer” em que o português Fernando Pinto e sua mulher Jane, no Reino Unido, decidiram tomar uma acção para ajudar as crianças com cancro em Myanmar e Gana, em que por vezes demoram mais de doze horas a fazer 100Km para chegar aos hospitais tanto para o diagnóstico (muitos pais pensam que a doença não passa de uma gripe) como para os tratamentos e que por vezes os não têm dinheiro suficiente para os fazer. É uma situação muito complicada de gerir para essas famílias. A taxa de diagnóstico e de tratamento do cancro é muito reduzida comparada com países mais desenvolvidos como Portugal.
Fernando Pinho e Jane decidiram que ele deixava de trabalhar e ela sustentava a família e as viagens de apoio. Em Myanmar já apoiaram mais de 3000 viagens e centenas de crianças foram salvas porque puderam ir ao hospital. Isto é possível devido à ajuda financeira recebida e das equipas locais a explicar às famílias que a doença pode ser curada e não podem falhar o tratamento. No Gana a realidade é diferente, as crianças mesmo que cheguem ao hospital não recebem logo o tratamento.
Ou há garantia que se paga tudo, cada medicamento, cada Raio-x, e todos os meios utilizados ou então não há tratamento.
Fernando Pinto na parte final da sua intervenção agradeceu o apoio de todos os presentes que estão a contribuir para esta causa.
Dos artistas presentes, tivemos do mundo da música: João Pedro Pais, Virgul, Ricardo Carriço em dueto com Maria Anadon, Rui Drumond, Viamonte acompanhado ao piano, violoncelo e violino, Àtoa, Momento Disney e terminando com Raquel Tavares e Valas. No entretenimento a distraída Fada Juju, Ana Arrebentadinha e o Mikas. Já na dança clássica, António Casalinho brilhou com uma exibição única, e ainda na acrobacia Rita Oliveira e Joka que apresentaram a sua coreografia nas alturas, a Rita com arco e o Joka com tecidos.
A interação com o público foi muito frequente, em geral os artistas quiseram deixar uma mensagem pessoal relativa à causa da Gala, e em algumas atuações as crianças do público foram convidadas para subir ao palco e ser parte integrante da atuação, uma festa para elas.
Houve entrega dos Troféus de 2019, na área do teatro foi premiada Beatriz Frazão, na dança clássica António Casalinho, no desporto acompanhado por pequenos jogadores do Sporting, o futebolista Miguel.
O desfile das mulheres que deram a cara para o calendário das de 2019 era a parte que estava mais aguardada, embora com a ausência da Alice Vieira, onze mulheres desfilaram sobre a orientação do Pedro Crispim, numa passerelle sem preconceito.
A mentora do projecto, Paula Patuxa Lopes em conjunto com Isabel Guerreiro, responsável pela produção, Ricardo Carriço e Pedro Crispim fizeram a apresentação da Gala revezando-se entre si.
Paula Patuxa Lopes, fez os agradecimentos a todos: artistas, equipas, particulares, empresas, ou seja, quem trabalhou e contribuiu para que esta Gala se materializasse.
Tanto as apresentadoras, como as mulheres do desfile foram vestidas por “Charmers Lisbon”.
No final da IV Gala sem Preconceito, Paula Patuxa recebe um grande ramo de flores, que o oferece à sua mãe presente na plateia.
Texto: Vera Brás
Fotos: Pedro MF Mestre
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