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“A ambição de ancorar no lote dos melhores tem de viver dentro de todos”

 

Leia aqui, na íntegra, a entrevista a Nuno Santos, treinador da Seleção de Sub-21, que alcançou o 4º lugar no Campeonato do Mundo de Sub-21 – Espanha 2019. E também Luís Frade, considerado o Melhor Pivô do Mundial, conquistado pela terceira vez, como Diogo Silva, que bisou como Melhor Lateral Direito e ainda Melhor Marcador.

 

Nuno Santos, treinador da formação de Sub-21, que foi 4º lugar no Campeonato do Mundo, após ter sido 4º lugar no Campeonato da Europa – Eslovénia 2018, fala sobre o sucesso desta Seleção Nacional e sobre o futuro das equipas jovens de Portugal.

 

Federação de Andebol de Portugal: Que balanço faz do Campeonato do Mundo de Sub-21 – Espanha 2019? 


Nuno Santos: Apesar da enorme frustração de não termos conseguido chegar às medalhas, o balanço deste Campeonato do Mundo é positivo. Estivemos 35 dias juntos (o que não é fácil), fizemos 25 sessões de treino, 7 jogos de preparação e 9 jogos oficiais, em 13 dias. A obtenção deste 4º lugar deve-se sobretudo ao esforço dos atletas, da Federação de Andebol de Portugal, que procurou sempre proporcionar-nos as melhores condições, dos clubes, porque sem eles nada seria possível, tal como, nada seria possível sem a decisiva importância dos treinadores.


Luís Frade:  O balanço geral foi positivo mas ficou um sabor amargo no final! Começámos mal com uma derrota frente ao Brasil, mas depois encontrámo-nos no jogo e conseguimos passar em terceiro do grupo. Tivemos ainda dois jogos muito difíceis contra a Alemanha e a Eslovénia na fase a eliminar e não conseguimos depois passar à final contra a Croácia. Foi um quarto lugar honroso, sinto-me orgulhoso da nossa prestação!


Diogo Silva: Penso que foi uma boa prestação de toda a equipa, apesar de um mau começo frente  ao Brasil conseguimos recuperar e dar uma resposta muito positiva nos restantes jogos.

 

Federação de Andebol de Portugal: Christian Berge, treinador da Seleção A da Noruega, afirmou no website da Federação Internacional de Andebol (IHF) que Portugal tinha uma boa equipa e era a que que jogava o melhor andebol. Concorda com esta afirmação? 


NS: É uma opinião pessoal, mas é a opinião do Christian Berge.


LF:  Sabe muito bem ouvir coisas como essas de treinadores conceituados e acho que temos uma seleção muito boa! Temos equipa para nos bater com qualquer outra seleção e levar o jogo a decisões em pormenores.


DS: Acredito que a nossa seleção sempre jogou um andebol muito simples, e isso, aliado às boas competências individuais de cada atleta torna o andebol que nós jogamos num dos mais bonitos e mais eficazes porque se torna muito imprevisível para o adversário. 

 

Federação de Andebol de Portugal: Quarto lugar no Europeu e agora novamente o quarto lugar no mundial, isto significa que já estamos ancorados no lote dos melhores ou é mera circunstância de uma geração?


NS: Não podemos viver agarrados ao que já passou, como já referi, temos de pensar e traçar objectivos ambiciosos em permanência e não podemos parar. A ambição de ancorar no lote dos melhores tem de viver dentro de todos nós, sempre, em qualquer circunstância ou contexto.


LF: Portugal está cada vez mais a evoluir e a apresentar se como um país com bons jogadores e bom andebol. Creio que não é uma questão de uma geração e para provar isso vamos esperar os grandes resultados das gerações mais novas que também temos fé neles.


DS: Eu acho que é um conjunto de dois fatores: O andebol em Portugal tem vindo a crescer e isso possibilita bons resultados em várias gerações de jogadores, mas claro que esta geração tem muita qualidade o que também torna mais fácil obter este tipo de resultados. 

 

Federação de Andebol de Portugal: Este foi o primeiro grupo proveniente dos centros de treino regionais, iniciados em 2013. Qual o balanço deste projeto?


NS: Penso que se trata de um projeto muito interessante, ainda com algumas lacunas, mas que nos permite conhecer e ter uma proximidade antecipada com os atletas.

 

Federação de Andebol de Portugal: Este projeto tem sofrido alterações com o evoluir do tempo? 


NS: O projeto inicialmente funcionava apenas na zona norte, Porto, Braga, Aveiro, posteriormente foi alargado também para a zona Sul, área de Lisboa e margem sul. Este ano, com a chegada do Diretor Técnico Nacional, o Professor Paulo Sá, o projeto irá evoluir e oportunamente será do conhecimento de todos essa evolução.

 

Federação de Andebol de Portugal: Enquanto responsável pelos Centros Treino Regionais e dado o seu conhecimento acredita que vem aí nova geração com atletas promissores?


NS: Embora seja sempre arriscado e prematuro fazer essas previsões, acredito sempre que algo de melhor está para chegar. Estou seguro que as novas directrizes dos Centros de Treino Regionais irão ao encontro daquilo que necessitamos.

 

Federação de Andebol de Portugal: Luís Frade, terceiro ano enquanto melhor Pivô, como é para ti receber este prémio, e como caracterizas o trabalho que tens vindo a desenvolver? E a mesma questão para o Diogo Silva, que foi considerado o Melhor Lateral Direito da competição e ainda o Melhor Marcador.


LF: Sinto-me um sortudo  por ter conseguido estes 3 prémios individuais! Mas nada disto seria possível sem todos os meus colegas de equipa, tanto na seleção, como no Sporting CP, treinadores e equipa técnica que me ajudam a evoluir e a jogar ao mais alto nível.


DS: Para mim é um orgulho ser reconhecido com estes prémios em Campeonatos desta importância, é o reconhecer de muito trabalho e dedicação e isso deixa-me muito feliz.

 

 

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sexta-feira, 19 de abril de 2024 – 03:39:19

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