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As modalidades e as dificuldades financeiras, uma história com ou sem fim?

 

Não é desconhecido de ninguém que há modalidades que têm bom financiamento para proporcionar boas condições técnicas e logísticas aos seus praticantes e outras que vivem com muitas dificuldades, algumas somente sobrevivem e outras fecham mesmo a porta.

 

É disso que vamos falar hoje.

 

 

Chegou-nos esta semana à redacção um apelo para ajuda na aquisição de equipamento, neste caso tatamis (os tradicionais tapetes para praticar artes marciais), pela mão do seu treinador…

 

 

Os atletas do treinador Flávio Ribeiro, usam as instalações do Futebol Clube “O Despertar” de Casal de Cambra, numa parceria que teve início no final de Novembro de 2015.

 

Contudo o Clube também não dispõe de verbas para conseguir apoiar esta necessidade concreta, sendo que a sua modalidade principal é o futebol e tem que gerir muito bem os fundos que tem em prol dela.

 

 

Esta falta de equipamentos pode fazer mesmo fechar a porta aos 16 atletas que são actualmente orientados pelo treinador Flávio Ribeiro, e cujas prestações são de alta relevância a nível federativo.

 

Segundo o  técnico na sua escola embora se pratiquem Boxe, Capoeira, MMA,etc,  de momento está mais focada em preparar os seus alunos em Luta Olímpica /Greco-Romana/Feminina.

 

 

Nos últimos dois anos os seus atletas têm competido em provas sobre a égide da Federação Portuguesa de Lutas Amadoras, sendo que João Simões obteve o título de campeão nacional na categoria de cadetes 71Kg na vertente de Greco-Romana já em 2019 e também com bons resultados, estando sempre em primeiro lugar e sem derrotas Edson Pina, Sara Silva, Alexandre Augusto, Yara Pina e Letícia Teixeira. 

 

Flávio Ribeiro tem conseguido ao longo dos anos, com muito empenho e sacrifício, os equipamentos necessários para proporcionar a prática correcta das modalidades por si ensinadas.

 

Os seus treinos são feitos, como já referido, na sede do Clube na avenida São Tomé e Príncipe n 7, Famões às segundas, quartas e sextas-feiras das 17h30 as 20h00.

 

 

O maior problema de momento diz respeito a uma das áreas mais sensíveis para a prática das artes marciais, o tatami.

 

Com o seu uso ao longo dos tempos deteriora-se e além dos cortes na capa externa que acabam por ir aparecendo aos poucos e se alargam com facilidade, acabam por também ir perdendo a capacidade de amortecimento das quedas quando os alunos são projectados nos treinos, o que pode elevar o risco de contrair alguma lesão numa queda mal executada.

 

É óbvio que Flávio Ribeiro não quer fechar a porta, principalmente pela grande prestação e dedicação dos seus atletas sendo reconhecidos pelos prémios alcançados, e principalmente pela história desenhada por esta equipa treinador / atletas ao longo destes anos.

 

 

Este treinador pede ajuda, e nós estamos aqui a transmitir esse apelo aos Dojos, Associações, Federações, Escolas, entre outras entidades, que tenham tatamis que não necessitem deles e que estejam em condições de ser usados, sabendo que as artes marciais têm em algo muito importante em comum: o caminhar para a paz através da sua prática, a dedicação e o respeito pelo próximo.

 

As empresas que possam apoiar esta escola de artes marciais também podem chegar a um entendimento de patrocínio que seja favorável a ambas as partes.

 

Por vezes lêem-se publicações e comentários nas redes sociais sobre situações de alunos de modalidades, com grande talento, que deixam de ir representar Portugal em provas internacionais pela falta de verbas. Muitas das vezes os pais não têm como pagar as suas despesas. Outros casos de que se ouve falar é de equipas de crianças e jovens de modalidades colectivas que vão competir pelos seus clubes e têm que ir distribuídos em carros de alguns pais que rotativamente se voluntariam para levá-los à sua prática desportiva. Se for mais longe poderá ser mais complicada a deslocação.

 

Os que dependem exclusivamente de patrocínios já têm deixado de competir durante tempo indeterminado ou mesmo nunca mais competem, porque o patrocinador deixou de conseguir suportar os custos e por vezes adquirir novos patrocinadores para atletas de escalões de iniciação mesmo com excelentes prestações é complicado. Estamos numa situação em que se perdem talentos em várias modalidades o que suscita a baixa autoestima de crianças e jovens pelo facto que não haver suporte económico para os levar em frente numa modalidade que gostam e não vão poder continuar a praticar.

 

Supõe-se que há um caminho longo a fazer para combater este tipo de situações. A questão do título desta peça: “uma história com ou sem fim?” tem uma resposta: “sim tem fim” contudo quem de direito poderá fazer exercícios e estudar medidas que se possam começar a ser implementadas.

 

Nestes dias também há grandes empresas que estão empenhadas em causas de responsabilidade social nas mais vastas áreas, que também se consigam voltar um pouco para as modalidades ajudando a superar as dificuldades pelas quais estão a passar e voltar a dar pernas para andar aos seus atletas.

 

O projecto do treinador Flávio Ribeiro pode ser acompanhado através do Facebook e ele pode ser contactado pela mesma rede social através da sua página:

 

https://www.facebook.com/sportscombatteamfcdespertar/

 

Ao treinador Flávio Ribeiro, o desejo que continue o seu projecto com o sucesso que tem vindo a ter, que consiga os tatamis que tanto necessita para a prática dos seus alunos e que traga para o tapete mais praticantes.

 

Bem haja Flávio!

 

Texto: Pedro MF Mestre

Fotos fornecidas pelo Treinador Flávio Ribeiro

 

 

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quinta-feira, 18 de abril de 2024 – 18:01:15

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