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Museu de Lamego

Localidade: Concelho: Distrito:
Lamego Lamego Viseu

 

O Museu de Lamego encontra-se instalado no antigo paço episcopal, num edifício reedificado na segunda metade do século XVIII pelo bispo D. Manuel de Vasconcelos Pereira (1773-1786), que se situa no centro histórico da cidade.

 

Em 1911, no cumprimento da Lei da Separação do Estado das Igrejas, promulgada pela República recém implantada, o edifício e todo o recheio foram transferidos para a posse do Estado, interrompendo os trabalhos de organização de um museu de arte decorativa e ornamental a que o bispo D. Francisco José Ribeiro de Vieira e Brito (1901-1922) devotava grande empenho, a partir das coleções de tapeçaria, pintura, mobiliário, ourivesaria e paramentaria que já existiam no palácio e da recolha de obras de arte dispersas pela diocese.

 

O reconhecimento do magnífico recheio artístico que se guardava no antigo paço episcopal conduziu a que em 5 de abril de 1917, por iniciativa do Estado, fosse criado em Lamego o “Museu de Obras de Arte, Arqueologia e Numismática”, constituído pelas obras existentes no antigo paço e paramentos e ourivesaria dispersos pela igreja das Chagas e “hospital novo”.

 

A instalação do museu, de início provisória, numa parcela do antigo palácio, viria a tornar-se definitiva, dando lugar a um longo e faseado processo de beneficiação e adaptação do edifício, levada a efeito durante o Estado Novo, sob a alçada da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), que tiveram início da década de 30 e se arrastaram até aos primeiros anos da década de 70 do século passado, à medida que iam sendo desalojados outros serviços aí instalados. Pretendia-se, através do alargamento do museu a todas as dependências do antigo engrandecer um dos museus de província que mais preciosidades possuía, dotando-o de condições que permitissem apresentar condignamente as coleções, de acordo com modernas práticas museográficas.

 

As indispensáveis obras de adaptação e remodelação introduzidas no edifício, de modo a alterar-se a função, de residência episcopal a museu, não lhe retiraram o caráter de uma construção palaciana de província, em uso na centúria de Setecentos, organizada em torno de um pátio central e ampla escadaria interior de acesso ao piso nobre, que conserva como marca distintiva do uso primitivo, o brasão prelatício na fachada principal.

 

Coleção

 

Ao longo dos anos muito ampliada por espécies vindas de diversas proveniências, mantém-se como núcleo mais significativo, aquele que esteve na base da criação dos museus em Portugal, durante a 1.ª República, relacionado com o destino dado ao vasto património artístico e cultural de origem eclesiástica, de que o Estado tomou posse, na sequência da nacionalização dos bens da Igreja, após a implantação da República.

 

Entre eles, os objetos que faziam parte do recheio do palácio, onde avulta o importante núcleo de tapeçarias flamengas do primeiro terço do século XVI e do XVIII, obras de pintura portuguesa e estrangeira dos séculos XVII e XVIII, mobiliário da mesma época e meios de transporte dos séculos XVIII e XIX, para além de alfaias religiosas – paramentos e ourivesaria –, de um fundo de livros antigos e códices, um reduzido núcleo de escultura medieval, proveniente da igreja de São Pedro de Balsemão e do Mosteiro de São João de Tarouca, que havia recolhido ao paço e os cinco painéis que integravam o retábulo da capela-mor da Sé de Lamego, executado por Vasco Fernandes, na primeira metade do século XVI.

 

Sucessivamente engrandecida por novas espécies, a coleção seria complementada, nos anos seguintes, por escultura, capelas e altares em talha dourada, provenientes do extinto Mosteiro das Chagas e pelo acervo arqueológico cedido pela Câmara Municipal.

 

A partir da década de 1940 até aos nossos dias, a ampliação do acervo deve-se ao reconhecimento do museu como um meio privilegiado de perpetuação de memórias através da doação de objetos ligados ao universo pessoal ou familiar dos seus proprietários. O museu reúne mais de meia centena de nomes associados a doações ou legados, com enfoque nas artes decorativas de finais do século XVII até meados do século XX.

 

De toda a coleção assumem especial relevância os objetos classificados pelo Estado Português como Tesouros Nacionais: um sarcófago medieval, decorado com uma cena de caça, em baixo-relevo; os painéis que Vasco Fernandes pintou para a Sé de Lamego, entre 1506-1511; o conjunto de tapeçarias flamengas, tecidas em Bruxelas na primeira metade do século XVI, e os painéis de azulejos figurados com cenas bucólicas e de caça, do século XVII.

 

Conteúdos da responsabilidade do museu e editados pela DGPC

 

Outras Informações: http://www.museudelamego.pt/

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025 – 20:31:40

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