Terminou a presença portuguesa nos Campeonatos Mundiais de Atletismo de Oregon’22, com a participação de João Vieira e Rui Coelho nos 35 km marcha.
Rui Coelho foi o melhor dos portugueses na competição, terminando em 39º lugar, com a marca de 2h44m55s, sem atingir os seus principais objetivos [recorde pessoal, de 2:36.00; marca de qualificação para os Europeus, de 2:35.30].
No final da prova, antes de tecer considerações sobre a sua prestação, Rui Coelho, militar na GNR, apresentou “condolências à família do militar que se suicidou esta semana. É sempre de lamentar que um agente de segurança pública ponha termo à vida”.
Já sobre a sua prestação, “parti com ambição de alcançar o recorde pessoal, porém nunca me senti confortável, mas não queria deixar de tentar, porém, depois dos 20 km comecei a sentir problemas físicos, dores abdominais, abrandei e só aos 32 km é que o corpo voltou a reagir, mas já era tarde demais”, referiu, salientando que a época foi boa, temos de tirar frutos disso e continuar na luta. É preciso é insistir, que foi o que eu fiz nos últimos 15 anos”, concluiu.
Quem conheceu problemas físicos e não terminou a prova foi João Vieira. Depois dos 17 km, o recordista de Portugal “encostou” ao lado. “Infelizmente não terminei como queria, senti muitas dores a meio da prova, eram insuportáveis e eu já estava em sofrimento. Optei por parar e essa foi a melhor opção, porque daqui a três semanas temos o Europeu e temos de o preparar”
Sem querer justificar com isso, João Vieira não tem dúvidas que esta nova distância, de 35 km, privilegia “os especialistas de 20 km. Pelo que vimos aqui e pelos estudos que fomos lendo durante a semana, não tenho dúvidas em afirmar que o ritmo é mais de 20 km que de 50 km. Assim, é óbvio que os especialistas de 50 km são mais prejudicados, mas é a lei do mercado e temos de seguir essa tendência e adaptarmo-nos”, referiu o atleta no final da competição.