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Ricardo Santos é um dos quatro jogadores com hipóteses matemáticas de ascenderem no próximo Domingo à primeira posição da Corrida para Maiorca, o ranking do Challenge Tour, dependendo dos resultados que fizer no 57.º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, que arranca amanhã (quinta-feira) em Portimão.
O algarvio de 36 anos ocupa esta semana a 4.ª posição na hierarquia da segunda divisão europeia, uma consequência da sua vitória em junho no Swiss Challenge e de outros bons resultados como o 2.º lugar no D+D REAL Czech Challenge em maio e o 3.º posto no Rolex Trophy (também na Suíça) em agosto.
«Ricardo Santos está a 19.843 pontos do n.º1, Callum Hill, que soma 107.763. Ora, o 1.º lugar no Open de Portugal vale 32.000 pontos e o segundo 22.000. Matematicamente, até o título de vice-campeão poderá valer-lhe a liderança do ranking», explicou Rodrigo Cordoeiro, comentador televisivo de golfe, num texto escrito para o site oficial do torneio.
De acordo com José Correia, presidente da PGA de Portugal, em entrevista ontem à tarde à conta de Facebook do torneio, «o Ricardo Santos já praticamente assegurou a subida ao European Tour no próximo ano e o Filipe Lima está a trabalhar nesse sentido». José Correia referia-se ao facto de Ricardo Santos estar bem classificado no ranking e tudo indicar que vá terminar a época no top-15 que será promovido à primeira divisão do golfe profissional europeu.
Com essa pressão retirada de cima dos ombros, Ricardo Santos pode agora jogar mais livremente e o objetivo de ser o n.º1 de 2019 do Challenge Tour – um feito que Ricardo Melo Gouveia conseguiu em 2015 – poderá ser importante para mantê-lo concentrado e ambicioso.
«O meu objetivo é ficar o mais bem classificado possível no ranking. Como tal, ganhar o ranking está dentro dos meus objetivos», tinha dito em junho o antigo duplo campeão nacional à Tee Times Golf.
Ascender ao posto de n.º1 com uma grande exibição no Open de Portugal @ Morgado Golf Resort seria ser a cereja no topo do bolo. Ricardo Santos já brilhou no Madeira Islands Open BPI (campeão em 2012) e no Portugal Masters (16.º em 2012), mas nunca registou uma grande classificação no Open de Portugal.
«No Open de Portugal não tenho feito resultados relevantes. A melhor memória que tenho foi no Oitavos Dunes, na primeira vez que passei o cut no Open, num campo que até nem é muito para o meu tipo de jogo, mas foi lá que passei pela primeira vez o cut no Open de Portugal. Essa será a melhor memória (54.º em 2009, com +3). Mas o Open tem um significado muito importante para mim. Em primeiro lugar por ser o Open do meu país e em segundo por ser um dos Opens mais antigos na história do European/Challenge Tour», considerou Ricardo Santos.
O atual melhor português no ranking mundial e no ranking olímpico inicia hoje (quinta-feira) a sua participação às 13h40, saindo do buraco n.º1 com outros dois craques do Challenge Tour: o norueguês Eirik Tage Johansen, vencedor do Anadalucia Costa del Sol Match Play 9, e o inglês Jonathan Thomson, 3.º classificado na semana passada, no Open da Bretanha.
O 57.º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort começa às 7h30, com um recorde de 18 portugueses em competição, incluindo Filipe Lima, o vice-campeão do ano passado. O único torneio português do Challenge Tour, de 200 mil euros em prémios monetários, integra 12 dos 16 jogadores que este ano já ganharam torneios do Challenge Tour e 11 dos 15 primeiros da Corrida para Maiorca. Um luxo!
Ontem disputou-se o Pro-Am e o vencedor foi profissional sueco Henric Sturehed com os amadores André Castelo Branco, António Kankura Salazar e João Alfredo Branco com 43 abaixo do Par. O melhor português foi Filipe Lima com um 8.º lugar. O português residente em França emparceirou com os amadores Mário Ferreira, Pedro Silvestre e Ricardo Pereira (o ex-futebolista) e somou 25 pancadas abaixo do Par.
Foto - Octávio Passos-GolfTattoo