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Terminou no passado fim‑de‑semana a edição 2019 do campeonato nacional de velocidade. Após seis provas divididas entre o Autódromo Internacional do Algarve e o Circuito do Estoril foi no traçado ás portas de Cascais que foram conhecidos em definitivo os campeões nacionais de velocidade 2019.
Após os títulos das Pré-Moto3 e Moto4 terem sido decididos na etapa anteriores, era grande a atenção sobre esta derradeira ronda do campeonato com especial foco sobre a luta agendada para a decisão do título no campeonato nacional Superbike.
Ivo Lopes e Pedro Nuno tinham as 'contas para acertar' quanto ao resultado final do campeonato, mas ao somar mais duas vitórias nas corridas de encerramento de época foi mesmo Lopes quem revalidou o ceptro que já tinha conseguido no passado ano.
Na primeira corrida realizada na tarde de Sábado e com a pista molhada depois da chuva se ter instalado no circuito antes e durante alguns momentos da corrida, foi Ivo Lopes quem venceu - tinha sido igualmente o mais rápido na qualificação - cruzando a linha de meta com mais de 16 segundos de vantagem sobre André Pires, com este a discutir com Romeu Leite que acabou por encerrar o primeiro pódio das SBK no fecho do campeonato. Pedro Nuno foi forçado a parar para trocar de rodas quando a pista ficou mais encharcada e fechou a corrida no 14º posto.
Na segunda corrida, realizada já no Domingo e com o asfalto seco, Ivo Lopes voltou a ditar a sua lei e venceu, mas agora com apenas meio segundo de vantagem sobre André Pires, que foi de novo o segundo cruzando a linha de meta com mais de 12 segundos de margem sobre Pedro Nuno no final das 15 voltas realizadas. Com os resultados do fim‑de‑semana Ivo Lopes renovou o título nas Superbike face a Pedro Nuno e André Pires, que fecharam o pódio, com Tiago Magalhães e Rui Marto a fecharem o lote dos cinco primeiros num ano de CNV onde pontuaram a 21 pilotos na classe maior da competição. Nas Superstock 600, cujo título ficou nas maõs de Dani Trelles, as vitórias foram para Ricardo Almeida na primeira corrida e Angel Dominguez na segunda. Trelles precisava apenas de controlar a concorrência e ao ser terceiro no Sábado e segundo no Domingo levou para solo espanhol o ceptro na categoria.
Com o título já assegurado nas Pré-Moto3 desde a etapa anterior do campeonato, Kiko Maria voltou a vencer no asfalto do Estoril num dia onde a luta pela vitórias nas Supersport 300 estava igualmente em nível de elevada intensidade.
Pedro Fragoso venceu e somou os pontos necessários para se sagrar campeão nacional na classe após uma corrida onde Miguel Santiago assinou o seu melhor resultado do ano e foi segundo na linha de meta na frente de Tomás Alonso, que fechou o campeonato em segundo atrás de Fragoso e na frente de Santiago. Nas 85GP/Moto4 a 'estória' do título estava igualmente já contada e com nova vitória de Nuno Ribeiro - a segunda do ano - o campeonato ficou ainda mais sólido nas mãos do jovem piloto, face a Bruna Santos e Marco Mateiro. Nas Moto5 foi Ivan Bolano quem venceu e assegurou o título nacional após uma jornada onde Martim Reis foi segundo e Tiago Balhé o terceiro. Nas contas do campeonato Bolano venceu na frente de Manuel Branquinho e Pedro Afonso.
A prova do Estoril encerrou igualmente as contas de todos os troféus, cujas entregas de prémios foram igualmente realizadas no final do dia, e no Troféu ENI - Taça Luis Carreira, João Curva mesmo ausente garantiu a vitória na classe Open, o mesmo se passando com Ricardo Almeida nas Superbike. Fernando Mercier foi o vencedor em ambos os duas na Open e Pedro Dias nas Superbike. Nas Supersport foi António Reis quem venceu no Estoril e na classificação global da temporada, cabendo a João Vieira o primeiro ligar nas Sport. As contas do sempre animado e concorrido Troféu ZCup viram Luis Franco e Anselmo Vilardebó dividirem as vitórias entre Sábado e Domingo respectivamente, sendo Paulo Vicente o vencedor do mesmo face a Duarte Amaral e Luis Franco.
Num fim‑de‑semana onde estiveram igualmente em pista os pilotos do FIM Superside o campeonato nacional de velocidade encerrou da melhor forma após uma época onde mais uma vez a afluência de pilotos cresceu face ao ano anterior confirmando o bom momento da disciplina em Portugal.