Miguel Oliveira qualificou a corrida na Malásia de «frustrante» e confessou que está desejoso por acabar a temporada.
«Sem dúvida, foi uma corrida bastante frustrante. Já tive corridas destas ao longo do ano, com um início bom, mas depois, e de alguma forma, a limitação chega. Em circuitos com um nível de aderência muito baixo, parece que sofremos um pouco mais do que o normal», confessou por afirmar Miguel Oliveira à SportTV, que ressaltou que a sua corrida na Malásia, «foi em marcha atrás a partir da 11.ª, 12.ª volta».
«Não tinha absolutamente nada para me defender, perdia nas acelerações, sentia muita instabilidade na extremidade do pneu para poder virar a mota... Depois, quando perdemos a aderência atrás, acabamos por sobrecarregar muito o pneu da frente, porque só paramos com a roda da frente. É frustrante ver esta diferença tão grande... Fisicamente, com a pilotagem, não consegui fazer nada de diferente que conseguisse ultrapassar estas dificuldades.»
Miguel Oliveira tinha consciência de que um dos problemas na corrida seriam os pneus, mas ressaltou que não tinha condições para resguardar os mesmos, já que a estratégia era «ir ao ataque e foi isso que eu fiz, já que era a única estratégia para recuperar posições». O português referiu ainda que as limitações na corrida foram as limitações encontradas na qualificação «atrás do Manini, do Marquez quando eles fizeram as suas voltas rápidas. Comuniquei tudo à equipa, fizemos o melhor que conseguimos de ontem para hoje, mas não foi o suficiente (...) Falta a solução para resolver estes problemas, mas isso não é de agora…»
Por isso, é normal que Miguel Oliveira esteja ansioso pelo fim da temporada, como afirmou:
«De alguma forma estou desejoso por acabar e muito motivado para o que aí vem. Acho que vai ser um virar de página importante para mim.»
O Falcão falou também do que podemos esperar para a última prova da temporada, a 6 de novembro, em Valência.
«Buscar o oitavo lugar, que está a 10 pontos de diferença, que ainda são alguns, mas é possível. Este será o meu foco em Valência, no mínimo manter esta nona posição no campeonato, já seria um resultado positivo».
No final, Miguel Oliveira abordou ainda a morte de Dietrich Mateschitz, vítima de uma doença terminal que se prolongava há alguns meses, ressaltando a importância do cofundador da Red Bull no mercado das bebidas energéticas mas não só, «já que conseguiu construir uma marca que transcende a bebida, que fez algo único e pioneiro na Fórmula 1». O português referiu que temos de «levar este sentimento de gratidão pelo que ele fez e pelo que a Red Bull certamente continuará a fazer».