18 anos ao serviço do Desporto em Portugal

publicidade

 

Notícias

Facundo Diaz Acosta conquista o Oeiras Open 4; Faria e Rocha vice-campeões de pares

- Argentino conquistou o segundo Challenger consecutivo
- Reviravolta impediu festa portuguesa a fechar a prova
O argentino Facundo Diaz Acosta conquistou, este sábado, o Oeiras Open 4, torneio do ATP Challenger Tour que foi organizado pela Federação Portuguesa de Ténis com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras no Complexo de Ténis do Jamor e que terminou com os portugueses Jaime Faria e Henrique Rocha como vice-campeões de pares.
 
A disputar pela primeira vez um torneio em solo português, Facundo Diaz Acosta (134.º) prolongou até ao final uma semana de ouro e derrotou o australiano Aleksandar Vukic (127.º) por 6-4 e 6-3 em 1h46 para inscrever o nome no troféu de campeão do quarto torneio Challenger organizado este ano no histórico complexo do Jamor — dois em piso rápido indoor, dois em terra batida outdoor.
A final deste sábado serviu de desempate em vários critérios, pois quer Diaz Acosta, quer Vukic chegaram à decisão com nove vitórias consecutivas (o argentino venceu um Challenger em Savannah, EUA, três semanas antes e não voltou a competir, o australiano triunfou no último domingo em Busan, na Coreia do Sul) e à procura do terceiro título das respetivas carreiras a este nível.
 
Acabou por falar mais alto a maior frescura física do sul-americano que, por consequência, lhe permitiu ter maior clarividência durante grande parte do duelo. Em sentido oposto, Vukic deu pela primeira vez sinais do enorme desgaste acumulado não só nos últimos dias, como ao longo das últimas quatro semanas (foi a terceira final neste período de tempo, não esquecendo a exigente viagem da Coreia do Sul para Portugal para jogar em menos de 48 horas), mas também de toda a pressão a que esteve sujeito — pois foi no Jamor que conseguiu selar a estreia no top 100 mundial a partir de segunda-feira e, sobretudo, a entrada direta no quadro principal de Wimbledon.
 
“Estou muito contente pela semana que fiz, joguei a muito bom nível tanto tenístico como mental. Sinto-me feliz e com vontade de continuar a jogar desta maneira por muitas mais semanas”, afirmou Diaz Acosta na derradeira conferência de imprensa da semana.
 
Com cinco vitórias nos cinco encontros realizados, esta foi, portanto, uma primeira passagem por Portugal que prometeu não esquecer: “Não me posso queixar, gostei muito das condições. Não tive muito tempo para conhecer bem a cidade, mas gostei do pouco que vi. Saio muito contente de Portugal e se houver mais torneios estarei cá certamente.”
 
De Oeiras, tanto Facundo Diaz Acosta quanto Aleksandar Vukic viajarão para Paris nas próximas horas, pois é pela capital francesa que, já no domingo, ficarão a conhecer o resultado do sorteio do qualifying de Roland-Garros, que começa na segunda-feira.
Depois da festa argentina na final de singulares, o torneio esteve bem encaminhado para terminar com uma alegria portuguesa, mas o britânico Luke Johnson e o neerlandês Sem Verbeek recuperaram in extremis e superaram Jaime Faria e Henrique Rocha pelos parciais de 6-7 (6), 7-5 e 10-6 na decisão de pares — a primeira para a jovem dupla portuguesa.
 
“Estou muito feliz. A época de terra batida não nos estava a correr tão bem como desejávamos e tivemos algumas derrotas complicadas, por isso queríamos terminar de uma boa forma e estou muito feliz por termos conseguido jogar o nosso melhor ténis nas meias-finais e na final para o fazermos”, explicou Johnson, que ao lado deste parceiro conquistou o segundo título da carreira no ATP Challenger Tour.
 
Já Verbeek, mais experiente e titulado na variante (conquistou, entre outros torneios, o Oeiras Open 125 de 2021, o mesmo que em singulares foi ganho por Carlos Alcaraz), destacou o começo da campanha no Jamor: “Foi importante para nós ultrapassarmos uma primeira ronda difícil sem estarmos ao nosso melhor porque deu-nos confiança para continuarmos e estou muito feliz por levarmos um título para casa.”
O Oeiras Open 4 foi apenas o segundo torneio do ATP Challenger Tour que Faria e Rocha jogaram lado a lado, mas fez deles a mais jovem dupla lusa a jogar uma final de pares neste circuito. Adiada ficou a possibilidade de se tornarem nos 13.º e 14.º representantes nacionais a erguerem troféus a este nível, meras semanas depois de terem discutido lado a lado uma final ITF (no 25.000 dólares de Santa Margherita di Pula, em Itália) e outras duas meias-finais, já em Espanha.
 
“Foi uma semana quase perfeita em que estivemos muito bem. Estou muito orgulhoso do que fizemos aqui, só nos faltou um pormenor ou outro para conseguirmos o título”, explicou Faria, que deu crédito aos adversários pela reviravolta: “Eles tiveram mais convicção e estiveram mais determinados durante o segundo set e depois tiveram muito mérito no match tie-break.”
 
Rocha, por sua vez, falou sobre a ligação da dupla que começa a dar cartas no circuito internacional: “Já jogámos juntos algumas vezes e ganhámos os nossos primeiros pontos ATP de pares juntos, na Beloura. Sempre fomos grandes amigos e entretanto vivemos juntos há quatro anos, por isso sentimos uma grande química e tudo flui sozinho. Sabemos o que é que cada um sente e pensa e isso é muito importante para o par.”
 

Periodicidade Diária

sexta-feira, 19 de abril de 2024 – 05:51:21

Pesquisar

Como comprar fotos

publicidade

Atenção! Este portal usa cookies. Ao continuar a utilizar o portal concorda com o uso de cookies. Saber mais...