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Jaime Faria e irmãs Jorge fazem história no Oeiras Open 125

 
- Lisboeta pela primeira vez nas meias-finais de um Challenger
- Irmãs são as primeiras portuguesas numa final do circuito WTA
Jaime Faria, Francisca Jorge e Matilde Jorge protagonizaram mais um dia histórico para o ténis nacional no Oeiras Open 125, o tornei combinado que a Federação Portuguesa de Ténis organiza, entre 14 e 21 de abril, no Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras. O lisboeta apurou-se pela primeira vez para as meias-finais de um Challenger e logo numa das categorias mais importantes, já as irmãs vimaranenses tornaram-se nas primeiras portuguesas a inscreverem os nomes numa decisão do circuito WTA.
 
Depois de ter registado a melhor vitória da carreira (eliminou o segundo cabeça de série, Thiago Monteiro, logo na primeira ronda) e de ter alcançado pela terceira vez os quartos de final num torneio do ATP Challenger Tour, Jaime Faria (255.º classificado no ranking ATP) voltou a superar-se e inscreveu pela primeira vez o nome numas meias-finais ao vencer Vilius Gaubas (345.º) por 6-4 e 7-6(5).
 
O jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis conhece este adversário desde os tempos em que o lituano viveu no Algarve e já o tinha derrotado recentemente na final do Faro Open, o segundo dos quatro ITF M25 que venceu de forma consecutiva durante um histórico mês de março.
 
No entanto, as circunstâncias desta sexta-feira eram totalmente diferentes, até porque além da terra batida (as 20 vitórias seguidas no Sul do país foram todas em hard courts) houve uma mudança abrupta do estado do tempo que alterou as condições de jogo em relação aos dias anteriores.
 
Com menos facilidade em impor-se com o serviço para dominar logo nas primeiras bolas, Faria teve de ser paciente e foi obrigado a recuperar de um break de desvantagem em ambos os sets. Gaubas conseguiu ser mais agressivo do que no Algarve, teve maior fulgor sobretudo na segunda partida (ao 4-4 ainda ameaçou por duas vezes uma nova quebra de serviço) e só no tie-break é que o jogador da casa conseguiu celebrar a 27.ª vitória da temporada.
 
O feito deu-se sob o olhar atento de várias centenas de espetadores que formaram o melhor público perante o qual já atuou no Jamor, como o próprio confirmou já em conferência de imprensa: “Aqui no Jamor nunca tinha jogado com tanto público e é algo de que estou a gostar bastante. Amanhã espero que haja ainda mais pessoas e também aproveito para pedir o apoio de todos amanhã, porque hoje foi bastante importante e conseguiram agarrar-me bem. Aquele último ponto foi ganho pelo público, não por mim.”
 
Para além de ter em jogo a primeira presença da carreira numa final Challenger, o encontro deste sábado também vale um bilhete para o qualifying de Roland-Garros, pois a subida no ranking está a ser tal (era o 411.º no arranque da temporada e o 255.º no início desta semana) que esta campanha já o leva até ao 230.º posto do ranking virtual e com mais uma vitória entra no top 215, classificação suficiente para colocar de parte a calculadora.
 
“Dessa maneira é uma espécie de final, sim, mas estou focado no que tenho de fazer para ganhar o encontro", respondeu rapidamente.
 
O próximo adversário dá pelo nome de Francisco Comesana (115.º e quarto cabeça de série), argentino que superou o italiano Samuel Vincent Ruggeri (272.º) por 6-3 e 6-4.
 
Já do outro lado do quadro, a vaga na final será decidida por dois franceses: Valentin Royer (262.º) arrecadou a quinta vitória no torneio, vindo da fase de qualificação, ao bater o austríaco Dennis Novak (217.º, ex-85.º) com os parciais de 7-6(7), 1-6 e 6-3 em 2h05; Ugo Blanchet (192.º) superou Stefano Napolitano (125.º) por 4-6, 6-1 e 6-4 ao cabo de 2h14.
No torneio feminino, a história foi feita na variante de pares e já a fechar o dia: em pleno Court Central, Francisca Jorge e Matilde Jorge tornaram-se nas primeiras tenistas portuguesas a alcançarem a final de um torneio do circuito WTA.
 
As melhores tenistas portuguesas começaram o dia com derrotas nos singulares, mas sorriram no regresso ao palco mais importante do Jamor e derrotaram as checas Miriam Kolodziejova e Anna Siskova — primeiras favoritas — de forma autoritária, com os parciais de 6-3 e 6-3, para celebrarem a terceira vitória da semana lado a lado.
 
Antes do WTA 125 de Oeiras, que é o primeiro torneio sob a égide da Women’s Tennis Association a acontecer em Portugal desde 2014, nunca uma tenista portuguesa tinha alcançado uma final desta relevância.
 
Para irem ainda mais longe e erguerem o título (já têm 14 como parceiras, mas sempre no circuito ITF) este sábado, as irmãs naturais de Guimarães terão de superar Harriet Dart e Kristina Mladenovic.
 
Curiosamente, Matilde Jorge venceu Dart na segunda ronda do quadro principal de singulares esta semana e Francisca Jorge derrotou Mladenovic a caminho da meia-final do ITF W100 da Figueira da Foz no último verão.
 
Na variante de pares, no entanto, a francesa é a das jogadoras em atividade com melhor currículo, pois foi número um mundial e tem 28 títulos de pares femininos no currículo, entre os quais dois no WTA Finals e seis em torneios do Grand Slam (aos quais junta três em pares mistos).
 
As meias-finais de singulares terão como prato forte o encontro entre Bernarda Pera e Clara Tauson. A norte-americana (82.ª e ex-27.ª) é a primeira cabeça de série e venceu Francisca Jorge por 6-4 e 6-1, enquanto a dinamarquesa (87.ª e ex-33.ª) superou Matilde Jorge por 6-1 e 6-3. Depois desse encontro, a neerlandesa Suzan Lamens discutirá com Kristina Mladenovic (ex-top 10 em singulares e detentora de um título individual) a derradeira vaga na decisão.
 
Fotografias: Beatriz Ruivo e Sara Falcão/Federação Portuguesa de Ténis
 

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terça-feira, 18 de março de 2025 – 20:35:39

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