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Mafalda Pires de Lima sobe 9 lugares e está agora em 11º, à porta do Top10
No segundo dia de regatas do Campeonato Mundial de Snipe, que está a decorrer em Cascais até dia 25, o vento não se fez de rogado e, depois de ter obrigado a que as regatas fossem adiadas devido à sua instabilidade de direção, entrou em força com intensidade entre os 15 e os 20+ nós.
Na única regata do dia houve dobradinha brasileira, com a equipa de Alexandre Paradeda - velejador olímpico e Campeão Mundial da classe - e Gabriel dos Santos, a levar a melhor sobre os compatriotas Bruno Bethlem e Dante Bianchi, dupla Bi-Campeã Mundial.
A liderar o campeonato, com 16 pontos, encontram-se os espanhóis Alfredo Gonzalez/Cristian Sanchez, que, com o 3º lugar obtido na regata de hoje, são agora a única equipa com todos os resultados no top10. Sobre as condições duras que hoje se fizeram sentir em Cascais, Alfredo refere “adoro a área de regata, em Lanzarote [onde vive] também há muito vento, por isso estou feliz e confortável com este tipo de condições”.
Em 2º lugar, com 30 pontos, encontra-se agora a dupla mista dos Estados Unidos Enrique Quinter/Charlie Bess e a fechar o pódio, com 33 pontos, está a equipa espanhola Victor Campos/Enric Noguera, vencedora da segunda regata de ontem.
Já os brasileiros Mario Junior/Henrique Wisniewski, líderes do dia de ontem, desceram para 4º lugar depois de terminarem a regata do dia em 26º.
Nos representantes portugueses, Henrique Brites e Francisco Maia, que ontem tinham terminado o dia em 10º, partiram o mastro e não conseguiram terminar a regata de hoje, sendo assim agora o primeiro barco português o da dupla luso/espanhola formada por Mafalda Pires de Lima e Jaime Urdangaray, que ocupa agora a 11ª posição, a apenas 11 pontos do top10.
Para amanhã, a intenção da Comissão de Regatas é realizar 3 regatas, de forma a compensar a regata em falta de hoje.
O Campeonato Mundial de Snipe
Entre dias 20 e 25 de agosto, o Clube Naval de Cascais organiza mais uma grande competição internacional: o Campeonato Mundial de Snipe.
A prova marca a história da classe Snipe, não só por ser a 50ª edição, 1ª pós-covid, mas também por contar com um número recorde de inscritos: 87 duplas, provenientes de 19 nações.
Entre os cerca de 180 velejadores presentes, contam-se 5 atletas olímpicos, uma medalhada de ouro, e 9 campeões mundiais de vela, pelo que não faltam candidatos ao título. Portugal marca presença com 12 tripulações.
Os Snipes têm uma particularidade interessante, a sua heterogeneidade que junta velejadores profissionais, semiprofissionais e amadores, todos na mesma competição, com idades que vão dos 15 aos 70 anos, o que faz desta classe uma das mais populares e competitivas do mundo.
Fotos: Matias Cappizano