Mafalda Pires de Lima alcança o desejado top10

No terceiro dia do Campeonato Mundial de Snipe, os 174 velejadores em prova foram para a água a saber de antemão que os esperava um dia longo, com 3 regatas previstas para compensar a regata em falta de ontem e condições de vento médio forte.

Os espanhóis Alfredo Gonzalez/Cristian Sanchez continuaram a mostrar que não é preciso ganhar regatas para liderar o campeonato, isolando-se em primeiro, com 33 pontos, depois de hoje obterem mais 3 resultados no top10: 8º, 2º e 7º lugar.

Já em segundo lugar, com 49 pontos, segue a dupla brasileira de Henrique Haddad e Gustavo Nascimento, campeões em título da classe, que hoje ganharam duas das regatas disputadas e terminaram a outra em 19º lugar. De realçar que o campo de regatas de Cascais não é desconhecido para Haddad, que se sagrou aqui Campeão Mundial da Classe SB20 o ano passado.

O 3º lugar, com 51 pontos, é agora ocupado pelos americanos Ernesto Rodriguez/Kathleen Tocke que, com um 4º e dois 3º lugares nas regatas de hoje, conseguiram eclipsar o 30º lugar obtido na regata de ontem, subindo para o 3º posto.

Contas feitas, o destaque do dia vai para a equipa brasileira de Alexandre Paradeda e Gabriel Kieling, 4ª classificada, a apenas 1 ponto do pódio. Depois de um modesto primeiro dia com um 26º e um 20º, tomaram o gosto à vitória depois de ganharem a única regata de ontem e hoje foram praticamente imbatíveis, com um 1º lugar e dois 2º.

De entre os barcos portugueses em prova, a dupla luso/espanhola de Mafalda Pires de Lima e Jaime Urdangaray é a mais bem classificada e alcançou o top10, depois de terem terminado as três regatas de hoje em 11º, 38º e 9º.

O Campeonato Mundial de Snipe

Entre dias 20 e 25 de agosto, o Clube Naval de Cascais organiza mais uma grande competição internacional: o Campeonato Mundial de Snipe.

A prova marca a história da classe Snipe, não só por ser a 50ª edição, 1ª pós-covid, mas também por contar com um número recorde de inscritos: 87 duplas, provenientes de 19 nações.

Entre os cerca de 180 velejadores presentes, contam-se 5 atletas olímpicos, uma medalhada de ouro, e 9 campeões mundiais de vela, pelo que não faltam candidatos ao título. Portugal marca presença com 12 tripulações.

Os Snipes têm uma particularidade interessante, a sua heterogeneidade que junta velejadores profissionais, semiprofissionais e amadores, todos na mesma competição, com idades que vão dos 15 aos 70 anos, o que faz desta classe uma das mais populares e competitivas do mundo.

Fotos: Matias Cappizano