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Gastronomia
Mel Biológico do Parque de Montesinho é uma das 7 Maravilhas Doces de Portugal


Produto de sabor e aroma característicos do nordeste transmontano foi eleito no último sábado, 7 de setembro, em Montemor-o-Velho.
O Mel do Parque de Montesinho, com Denominação de Origem Protegida (DOP), é elaborado a partir do néctar das flores que fazem parte da flora característica da região, em que predomina a urze e o castanheiro. Por se tratar de um mel de zona de montanha, onde não é permitida qualquer agricultura artificial, a movimentação de colmeias, o uso de produtos químicos ou a introdução de espécies de abelhas oriundas de outras regiões, este produto preserva uma longa tradição e mantém o seu sabor e aroma únicos.
Hernâni Dias, Presidente da Câmara Municipal de Bragança, refere: “o Mel do Parque de Montesinho é um excelente embaixador da região, um símbolo da gastronomia de Bragança, um produto de qualidade já reconhecida e conta agora com mais uma distinção que muito nos orgulha.”
Acrescenta ainda: “a par do reconhecimento de qualidade que o mel traz para a região é de destacar que a apicultura desempenha um papel muito importante para a preservação da biodiversidade. Sem abelhas sabemos que muitos dos produtos que consumimos não se conseguiriam produzir. O nosso mel é produzido através de métodos responsáveis, que não prejudica as abelhas que o produzem e que, desta forma, contribuem para a manutenção do ecossistema.”
O Mel do Parque de Montesinho é produzido a uma altitude máxima de 1475 metros, na Serra de Montesinho. Caracteriza-se por um sabor forte, persistente e harmonioso, no equilíbrio entre o doce, o amargo e o salgado. Distingue-se por apresentar um perfil de aromas complexo com expressões florais e frutadas, acompanhadas de madeiras secas e um caramelo suave, que prende os aromas e permite que estes persistam após a degustação.
A história do Mel do Parque de Montesinho DOP tem uma longa tradição que se encontra documentada e que recorda que, no passado, os apicultores da região nunca vendiam os seus enxames e, quando necessário, os trocavam entre si. O testemunho dessa tradição está explicita neste provérbio: «Colmeias e ovelhas: nem comprá-las nem vendê-las».
Sobre Bragança: Bragança é um dos maiores concelhos do país, com 1.174 km2, distribuídos por 39 freguesias, 114 aldeias, uma vila e uma cidade com 35.341 habitantes. A proximidade à Rede Espanhola de Alta Velocidade (AVE), na ligação Corunha – Madrid, com uma paragem em Puebla de Sanábria (30km de Bragança) coloca Bragança, cada vez mais, como o território mais próximo do centro da Europa. Com uma biodiversidade surpreendente, inserida na Reserva da Biosfera Meseta Ibérica, esta pérola transmontana assume-se como um território para conquistar.