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Informação Cultural
Mario Lucio lança disco que celebra os 50 anos da independência de Cabo Verde no B. Leza, em Lisboa


Aviso
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Um disco festivo e dançante… como promete o nome do álbum
Concerto de lançamento dia 8 de março, no B.Leza, em Lisboa - bilhetes à venda em ticketline
A tour de lançamento do álbum passa ainda por Paris, Madrid, Cabo Verde e várias cidades do Brasil
Em 2025, ano em que se comemoram os 50 anos da independência de Cabo Verde, o artista cabo-verdiano Mario Lucio edita Independance, um disco que celebra este grande momento de mudança na África Lusófona.
Cantor, guitarrista, compositor, poeta, escritor, pensador - e ex-ministro da Cultura de Cabo Verde -, Mario Lucio é uma das maiores referências intelectuais, políticas e culturais para os cabo-verdianos. Farol da crioulização, o artista presta, através da sua obra, uma homenagem sensível e apaixonada a esta mestiçagem que moldou a cultura do seu país.
No título desta que é a sua sétima obra - “Independance” - há “dança” e este jogo de palavras refere-se ao regresso de danças populares anteriormente proibidas e à abertura do país à música dançante de Angola, Congo, Guiné, Nigéria, Gana e Senegal…Um álbum decididamente festivo, através do qual o artista evidencia o prazer em relembrar este período da sua infância, repleto de alegria e música, que traz composições inéditas sobre toadas dançantes da época, que se misturam as sonoridades contemporâneas, criando um álbum de efeitos sonoros vibrantes, dançante, rebuscando o afrobeat, osoukouss e a rumba.
Mario Lucio contextualiza o seu mais recente trabalho: “A grande mudança na música de Cabo Verde dá-se com a independência do país em 1975, por três motivos: a libertação das danças populares antes proibidas (Batuko, Tabanka, Funaná), a chegada da música do continente em discos com os soldados que regressavam da guerra (músicas de Angola, Congo, Guiné) e a adopção de instrumentos elétricos (guitarras, teclados), com bateria e percussão. Com essa avidez por danças , novas músicas foram importadas do Gana, da Nigéria, do Senegal e das Caraíbas. Grupos nacionais como Voz de Cabo Verde e Os Tubarões marcaram os primeiros anos pós independência. Na década de 80 aparecem o Bulimundo, o Abel Djassi, os Kings, o Zeca Santos, o Djarama, enfim, proliferam-se os grupos musicais com instrumentos elétricos e populariza-se o fenómeno chamado "baile de conjunto “.
Mario Lucio que, aos 15 anos, fez parte do mítico grupo Abel Djassi, começou na guitarra rítmica e depois foi baixista. Tocou nos bailes de 1980 a 1984, que eram realizados nos cinemas, polivalentes, estádios, salões paroquiais, estradas, terraços e hangares de aeroportos e que chegavam a terminar às 4h da manhã, com um repertório que continha cerca de oitenta músicas. Os bailes foram definitivamente a sua grande escola musical.
O concerto de lançamento será no dia 8 de março, no B. Leza, em Lisboa, onde Mario Lucio estará acompanhado pela Pan African Band, formada por Jery Bidan, da Guiné Bissau, na guitarra; Ricardo Campos, de Angola, no baixo; Dilson De Grove, do Congo, na bateria.