Portugal vai voltar a disputar uma fase final do Campeonato do Mundo de Seniores Masculinos, 23 anos depois da histórica participação no Mundial da Argentina e pela terceira vez no seu historial.

 

A Selecção Nacional de Seniores Masculinos está apurada directamente para o Campeonato do Mundo de 2025, a disputar de 12 a 28 de Setembro do próximo ano nas Filipinas, anunciou hoje a Federação Internacional de Voleibol (FIVB).

 

Qualificaram-se automaticamente para o Mundial 2025 de masculinos duas selecções – a anfitriã, Filipinas, e a actual campeã mundial, a Itália. De acordo com o novo sistema de qualificação, 15 vagas foram concedidas durante os Campeonatos Continentais de 2023, com Egipto, Argélia e Líbia emergindo da África, Japão, Irão e Catar a garantirem a qualificação pela Ásia, Polónia, Eslovénia e França pela Europa, Estados Unidos da América, Canadá e Cuba pela NORCECA e Argentina, Brasil e Colômbia representando a América do Sul.

 

As 15 vagas restantes foram preenchidas pelas as melhores seleções nacionais no Ranking Mundial da FIVB em 30 de Agosto de 2024, ainda não classificadas: Alemanha, Sérvia, Países Baixos, Ucrânia, Bélgica, Turquia, Chéquia, Bulgária, Portugal, Finlândia, Tunísia, China, Roménia, Chile e Coreia.

 

A FIVB avançou ainda que, a partir desta edição, os participantes no Mundial passam de 24 para 32 e serão distribuídos, numa primeira fase, por oito grupos de quatro selecções.

A 1.ª fase será disputada no sistema de todos contra todos e os dois primeiros classificados de cada um dos oito grupos terão acesso à fase eliminatória.

 

Relativamente à fase de apuramento para o Mundial, o país organizador da fase final e o campeão em título terão presença garantida, bem como as três melhores selecções de cada campeonato continental. Os restantes participantes são determinados pelo Ranking da FIVB.

 

Em femininos, a Tailândia vai acolher o Campeonato do Mundo em 2025 pela primeira vez na história da competição, que reunirá as 32 melhores selecções de femininos do mundo.

 

Será o regresso, desta vez como Seleccionador Nacional, de João José a um Campeonato do Mundo, após a participação no Argentina 2002, onde foi distinguido como o melhor blocador, tendo dividido então o prémio monetário com os seus colegas de equipa.

 

Com 9 títulos de campeão nacional, melhor blocador do mundo em 2002, campeão europeu de clubes em 2006/2007 pelos alemães do VFR Friedrichshafen, entre outras distinções  nternacionais, o ex-capitão da turma das quinas integra, desde 2018, a equipa técnica da Selecção Nacional.

 

“Voltar a estar em mais uma fase final, desta vez do Campeonato do Mundo, é mais uma oportunidade para trabalharmos e competirmos com os melhores no sentido de continuar a desenvolver e consolidar a nossa posição no Voleibol internacional. A Selecção Nacional, através da Federação Portuguesa de Voleibol, tem vindo nos últimos anos a trabalhar neste sentido e é muito gratificante ver assim atingido este objectivo, o nosso País representado entre as melhores seleções do mundo“, salienta o Seleccionador Nacional João José, reconhecendo que “a preparação e a presença com regularidade em fases finais como esta é um dos factores que poderá fazer com que tenhamos uma selecção nacional mais forte no futuro e mais próxima dos níveis de desempenho e de excelência que pretendemos“.

João José destacou-se em primeiro nas acções do bloco, mas as excelentes prestações da Selecção Nacional fizeram sobressair igualmente outros jogadores da turma das quinas. Na recepção, os louros vão para o segundo lugar de Manuel Silva, enquanto na distribuição destaque para Nuno Pinheiro, que ficou no terceiro posto.

 

A Selecção Portuguesa era a mais baixa da elite do Voleibol presente no XV Campeonato do Mundo, mas não foi preciso pôr-se em bicos de pés para se fazer notada entre os gigantes da modalidade, selecções de elite e mais do que habituadas a ganhar praticamente tudo.

 

No balanço final ao Argentina 2022, e assestando baterias aos 16 primeiros, a Selecção Nacional conseguiu superar expectativas e avançar mais oito lugares, conquistando um resultado histórico para o Voleibol português. De igual importância foi o facto de ter ganho o respeito dos seus adversários – e a consideração dos órgãos de Comunicação Social de todo o Mundo –, não só pelas vitórias obtidas (China, Austrália, Polónia e Espanha), mas, sobretudo, pela forma aguerrida e sem complexos com que se bateu frente às melhores selecções do Ranking Mundial: Jugoslávia (1.ª), Itália (2.ª) e Rússia (3.º), momentos em que a vitória em pelo menos um set esteve iminente, mas infelizmente se quedou sem concretização.

 

Neste Mundial, verdadeira montra da modalidade a nível planetário, a Selecção Portuguesa jogou como um todo, tendo mesmo melhorado alguns dos seus pontos menos sólidos, como o bloco e o serviço, mas seria injusto deixar de salientar as posições alcançadas por João José (1.º no bloco e escolhido para a Selecção do Mundial), Manuel Silva (2.º na recepção e 19.º no serviço), Hugo Gaspar (6.º nos pontuadores, 8.º no ataque e 10.º no bloco), Nuno Pinheiro (3.º na distribuição), Carlos Teixeira (6.º na recepção e 9.º na defesa) e Jorge Alves (12.º nos pontuadores e 19.º no ataque), um verdadeiro gigante de apenas 1,87 metros de altura.

 

A Selecção do Brasil sagrou-se campeã mundial, pela primeira vez na sua história, ao vencer, por 3-2 (23-25, 27-25, 25-20, 23-25 e 15-13), a Rússia na Final do XV Campeonato do Mundo – Argentina 2002, realizada no Luna Park de Buenos Aires. Este foi o segundo título – o primeiro foi o dos Estados Unidos, em 1986 (Paris) – não conquistado por um país da Europa.

No Argentina 2002, a selecção brasileira apenas sofreu uma derrota – frente aos Estados Unidos, na 1.ª Fase – e eliminou a tricampeã mundial Itália (quartos-de-final) e a Jugoslávia (meias-finais), campeã olímpica e europeia.

Selecção Super Seven

Distribuidor: Nikola Grbic (JUG)

Oposto: Marcos Milinkovic (ARG)

Zona 4: Serguei Tetioukhine (RUS)

Zona 4: Stephane Antiga (FRA)

Central: Gustavo Endres (BRA)

Central: José João (PORTUGAL)

Libero: Hubert Henno (FRANÇA)