20 anos ao serviço do Desporto em Portugal

publicidade

 

Notícias

Portugueses mais jovens da Volta correm pela Selecção Nacional/Liberty Seguros

Os corredores portugueses mais jovens do pelotão da Volta a Portugal são colegas de quarto e competem pela Selecção Nacional/Liberty Seguros. Rafael Reis e Ricardo Ferreira estreiam-se na prova-rainha do ciclismo luso com os olhos postos no futuro. Mais novos do que eles só dois forasteiros, o espanhol Oscar Santamaria (Burgos BH-Castilla y León) e o russo Alexey Ribalkin (Lokosphinx).
 
Rafael Reis, 20 anos feitos em Julho, tem um passado nas camadas jovens que fala por si. Medalha de bronze no Europeu de fundo em 2010, venceu, ainda nesse ano, o contra-relógio dos Jogos Olímpicos da Juventude e foi segundo na corrida de fundo da mesma competição. Em 2012, no segundo ano de sub-23, chega pela primeira vez à Volta, definindo a experiência que está a viver como “a concretização de um sonho, alimentado desde criança”.
 
Ricardo Ferreira só completará 20 anos em Setembro, mas partilha o sentimento com o colega de selecção. “Já corro há 12 anos e representar a equipa nacional é sempre motivo de felicidade. Fazê-lo na Volta a Portugal tem outro sabor, porque estar neste evento é o sonho de qualquer jovem ciclista português”, explica o corredor que tem a alcunha de “Pavée”, devido a uma exibição excepcional, com a camisola da selecção, no Paris-Roubaix júnior de 2010.
 
“Estive sempre com os melhores, mas tive um furo, que me afastou da liderança. Depois de trocar de roda fui ultrapassando grupos atrás de grupos, mas já nada havia a fazer”, recorda Ricardo, que terminou no 24.º lugar essa prova, disputada no mesmo dia da clássica dos profissionais, perante milhares de espectadores. “Aquele ambiente fenomenal foi o que me fez andar”, admite.
 
Rafael Reis esteve também no mesmo Paris-Roubaix, prova da Taça das Nações de juniores, sendo, então, o oitavo classificado. Pode-se dizer que as corridas ao serviço da Selecção Nacional são as experiências mais marcantes da nova geração de ciclistas portugueses. Rafael Reis, actualmente ciclista da equipa sub-23 da Caja Rural, assume-o: “Foi a Selecção que me lançou e nunca poderei falhar à Selecção”, frisa convictamente.
 
Apesar da motivação de vestir as cores nacionais e de estar na maior corrida do país, Rafael Reis ainda não sabe o que pode fazer na presente edição da Volta a Portugal, até porque já saboreou o mel e o fel. “Nunca imaginei, neste pelotão, chegar ao prólogo da minha primeira Volta e terminar na sexta posição. Foi uma boa surpresa. Mas a primeira etapa foi duríssima. Nunca tinha corrida uma tirada tão longa e tão montanhosa. Agora há que fazer um dia de cada vez e ir percebendo as sensações. Não sei, por exemplo, o que conseguirei na serra da Estrela. Não sei como irá reagir o meu corpo à altitude”, admite Rafael Reis, que confessa nunca ter visitado o ponto mais alto de Portugal Continental.
 
Ricardo Ferreira, corredor da equipa de clube UC Maia/Bicicletas Andrade, natural de Valongo, também cedeu na primeira etapa, mas não dá mostras de desânimo. “O dia que terminou em Oliveira do Hospital foi penoso, com uma enorme quilometragem e com muita montanha. Mas logo no dia seguinte senti-me melhor. Espero que as sensações possam ir em crescendo, porque quero ajudar os meus colegas a tentarem ganhar uma etapa e, se possível, fazer eu mesmo um bom lugar”, sublinha.
 
Ainda a dar as primeiras pedaladas junto com os corredores de elite, Rafael Reis e Ricardo Ferreira sabem o que pretendem do futuro. “Não quero dar passos maiores do que as pernas, mas ambiciono vir a correr ao mais alto nível internacional”, confidencia o primeiro. “Quero conseguir um contrato com uma equipa profissional e fazer boas prestações em Voltas a Portugal e, se possível, chegar ao Tour e ao Giro”, acrescenta o segundo.
 
Quando questionado sobre os ídolos que tem na modalidade, Rafael Reis manifesta algumas dúvidas: “Sempre gostei do Fabian Cancellara e dos irmãos Schleck, mas acho que prefiro o Rui Costa. Por ser português vibramos mais com os seus feitos. Além disso, ouço histórias, contadas pelo seleccionador José Poeira, sobre os desempenhos do Rui Costa na selecção que me têm cativado”. Ricardo Ferreira também não se fica só por um nome merecedor de admiração: “Gosto mais de trepadores, como o Alberto Contador e o Andy Schleck, mas inspiro-me sobretudo na minha família, especialmente no meu avô, José Vale, que também foi ciclista”.  
 

Periodicidade Semestral

segunda-feira, 10 de novembro de 2025 – 02:58:23

Pesquisar

Como comprar fotos

publicidade

Atenção! Este portal usa cookies. Ao continuar a utilizar o portal concorda com o uso de cookies. Saber mais...