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Sub-22 preparados para fazer história no Campeonato da Europa

Portugal vai disputar a fase final do Campeonato da Europa 2024 de Sub-22 Masculinos, agendada para os dias 9 a 14 de Julho do ano corrente nas cidades neerlandesas de Groningen e Alperdoorn, respectivamente sedes da Pool I e da Pool II. Inserida na Pool II, a Selecção Nacional de Sub-22 Masculinos vai defrontar as  suas congéneres de Itália, França e Chéquia. 
 
São já cinco as selecções nacionais que conseguiram o apuramento para as respectivas fases do Campeonato da Europa: Sub-18 Masculinos, Sub-20 Femininos, Sub-22 Femininos, Sub-22 Masculinos e Seniores Masculinos, sendo que a de Seniores Femininos ainda vai disputar a fase de qualificação.
 
A Selecção Nacional de Sub-22 Masculinos vai defrontar um grupo muito forte: os italianos foram vice-campeões mundiais de Sub-21 em 2023 e campeões europeus de Sub-20 em 2022; os franceses foram 5.ºs classificados no último Europeu de Sub-20; e os checos foram 10.ºs classificados no Mundial de Sub-21 e 8.ºs no Europeu de Sub-20, onde os portugueses se classificaram no 9.º lugar, em 2022.
 
Os jovens lusitanos vão precisar de trazer à tona todas as suas qualidades que os guindaram à fase final e fazer valer o potencial do seu talento.
 
Com apenas 21 anos – faz 22 no dia 10 de Maio – e 2 metros de altura, Eduardo Brito está a conquistar o seu espaço, tanto no seu clube, actual campeão nacional, como nas selecções nacionais, onde é um habitué desde os 15 anos de idade, tendo sido, inclusive, convocado para os trabalhos de preparação da European Golden League.
 
Admirador confesso do cubano Robertlandy Simon, considerado um dos melhores centrais da actualidade e jogador dos italianos do Gas Sales Bluenergy Piacenza, onde actua o distribuidor português Bruno Dias, Edu tem um sonho enquanto jogador:
“Chegar ao nível que ele alcançou não é para todos, mas também não é impossível! Ele é uma fonte de inspiração para mim, e espero seguir os seus passos e alcançar o meu potencial máximo como jogador de Voleibol”.
 
– Tendo em consideração os adversários que já defrontaste na fase de qualificação e quando representavas outras selecções mais jovens, o que é que te parece que a Selecção Nacional poderá fazer nos Países Baixos, frente às suas congéneres de Itália, França e Chéquia?
 
“Acredito que a nossa Selecção irá aos Países Baixos com o objectivo de passar a fase de grupos e fazer história ao atingir algo jamais alcançado nas categorias de formação: as meias-finais de uma fase final de um Campeonato da Europa. Agora, também sabemos que o nosso grupo é bastante complicado e equilibrado. Temos a particularidade de já termos jogado com esta geração em selecções mais jovens, tendo inclusive vencido, no Europeu de Sub-17, a Itália, que é a actual campeã europeia da categoria de Sub-20, e a Chéquia, no último Campeonato da Europa de Sub-20. Contra a França, apesar dos numerosos confrontos já feitos, nunca conseguimos vencer, perdendo por 2-3 no apuramento para esta fase final, mas no momento em que estivermos em campo, nada disso importará, iremos lá para ganhar, custe o que custar. Saímos do último campeonato com a sensação de que poderíamos ter ido mais longe e neste estamos determinados a fazê-lo, cientes de que enfrentaremos selecções muito fortes e bem preparadas, antevendo desde já encontros muito difíceis!”.
– Integraste grupos de trabalho das selecções em estágios permanentes. Crês que isso contribuiu para a tua evolução como jogador?
“Sim, sem dúvida que contribuiu significativamente para me tornar no jogador que sou hoje. Os treinos eram muito exigentes e, com aquela idade e a carga horária a que fomos submetidos, a tendência era para uma melhoria constante. A nível pessoal, também foi importante, pois me fez sair um pouco da zona de conforto, o que me fez amadurecer mais rápido do que o normal”.
 
– O apuramento das selecções de Sub-18, Sub-20, Sub-22 e Seniores para as fases finais das edições dos últimos anos do Campeonato da Europa, reflectem o bom trabalho que está a ser feito a nível de selecção e de clubes?
“Apenas a nossa geração conseguiu os três apuramentos para fases finais de Campeonatos da Europa (Sub-17, Sub-20 e Sub-22), sendo que não tivemos a oportunidade de disputar o apuramento para o Europeu de Sub-18 devido à COVID-19. Deste modo, antes da minha geração, Portugal já tinha marcado presença num Campeonato da Europa de Sub-20. A nível sénior, estivemos presentes nos últimos Europeus [quatro consecutivos, se contarmos com 2026], o que demonstra que estamos a afirmar o nome de Portugal nestes grandes palcos. Este facto também indica que há muito trabalho desenvolvido pelos clubes para que os jogadores portugueses consigam alcançar estes feitos, sendo que as selecções jovens têm um papel crucial no desenvolvimento das capacidades dos jogadores”.
 
– No mesmo âmbito, crês que o nível do campeonato português está a subir rapidamente? Assim como o de femininos?
“Creio que se nota uma evolução maior no campeonato masculino, uma vez que as equipas estão a realizar investimentos mais significativos. Isso resulta num campeonato mais equilibrado, com uma maior incerteza tanto nos resultados como na classificação. Este ano, temos o exemplo da Associação Académica de Espinho, que apenas conseguiu garantir um lugar na fase final na última jornada da 1ª Fase, terminando em 8.º lugar. Depois, disputou as meias-finais dos playoffs do Campeonato Nacional com o Benfica, após ter terminado em 4.º lugar na 2.ª Fase. Quanto ao campeonato feminino, houve uma ligeira melhoria, mas tem muito espaço para crescer”.
Foto: SL Benfica
 
– Sendo tu ainda um jovem, quais as metas que traças para a tua carreira de jogador? Qual é o teu sonho enquanto atleta?
“Para a minha carreira, tenho o objectivo de representar clubes das ligas mais prestigiadas da actualidade, como a italiana ou a polaca. O meu sonho enquanto atleta é ganhar uma Champions League. Além disso, gostaria de conquistar um campeonato italiano ou polaco, e se possível, ambos”.
 
– Como é que te defines como jogador? Que mais-valia podes representar para um clube ou para uma Selecção?
“Enquanto jogador, defino-me como um central blocador e espero ser útil nessa componente ao conseguir trazer alguma estabilidade à rede.
Reconheço que ainda tenho um caminho a percorrer e estou a trabalhar arduamente para me tornar apto a jogar regularmente numa equipa sénior e representar a Selecção Nacional de Seniores”.
 
– Enquanto jogador da I Divisão e da Selecção Nacional consegues conciliar os estudos com os treinos e jogos?
“Para conseguir conciliar os estudos em Finanças Empresariais no ISCAL com a prática de Voleibol de alto rendimento, conto tanto com o Benfica como com o ISCAL para me ajudarem a equilibrar essas duas áreas importantes da minha vida. No entanto, com o calendário apertado de jogos e treinos, juntamente com o regime de ensino exigente, torna-se bastante difícil alcançar os resultados desejados em ambos os campos. Concordo plenamente que deveria haver programas especiais e mais flexíveis para atletas de alto rendimento, que permitissem conciliar os estudos e o desporto de forma mais harmoniosa. Esses programas poderiam incluir medidas como a flexibilização dos horários das aulas e a possibilidade de escolha de disciplinas de acordo com as necessidades individuais dos atletas, para que pudessem obter os melhores resultados tanto nos estudos como no desporto. Além disso, concordo que a exigência crescente de obter um mestrado e/ou doutoramento na área financeira, juntamente com a necessidade de se destacar no desporto de alto rendimento, pode ser extremamente desafiadora. É importante que sejam criados mais apoios e oportunidades para os atletas que desejam prosseguir os estudos enquanto continuam a competir ao mais alto nível. Espero sinceramente que surjam mudanças positivas nesse sentido no futuro, de modo a facilitar a vida dos atletas que estão a tentar alcançar grandes feitos tanto nos estudos como no desporto em Portugal”.
 

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terça-feira, 30 de abril de 2024 – 13:00:09

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